Obsolescência Programada
Também
chamada de obsolescência planejada,
é quando um produto lançado no mercado se torna inutilizável ou obsoleto em um
período de tempo relativamente curto de forma proposital, ou seja, quando
empresas lançam mercadorias para que sejam rapidamente descartadas e estimulam
o consumidor a comprar novamente.
Esse fenômeno
é comumente associado ao processo de globalização, entretanto, o seu início pode
estar vinculado à Grande Depressão de 1929. Durante a profunda crise econômica
que marcou esse período, diante de um mercado consumidor impotente, observou-se
que havia muitos produtos industrializados em estoque e que não eram comercializados,
diminuindo o lucro das empresas, aumentando o desemprego e, consequentemente,
reduzindo o consumo e aumentando a crise.
Diante disso, observou-se que produtos duráveis
desfavoreciam a economia, pois reduziam o consumo. Entre os economistas
norte-americanos, tornou-se popular o jargão “Um produto que não se desgasta é
uma tragédia para os negócios”.
O
exemplo mais citado por estudiosos, críticos e especialistas no assunto foi um
cartel organizado por grandes
empresas que produziam lâmpadas. Elas se organizaram para reduzirem o tempo de vida útil de uma
lâmpada a fim de aumentarem as vendas dos produtos. Sabe-se que a primeira
lâmpada inventada durou cerca de 1.500 horas; no início do século XX, as lâmpadas
tinham uma vida útil média de 2.500.
Entretanto, após a Grande
Depressão e a formação do cartel, o tempo de vida útil foi reduzido
abruptamente para 1.000 horas.
Esse exemplo
é retratado no documentário
Comprar,
tirar, comprar, produzido em 2011, na Espanha,
e dirigido por Cosima Dannoritzer. Tal
caso é representativo da obsolescência técnica, quando as condições de uso do produto obrigam
uma nova compra. Além desse
tipo, existe também a obsolescência
psicológica, quando o consumidor, mesmo tendo um produto
em bom estado de conservação, resolve comprar um
novo e descartar o antigo.
Outra
exemplificação dessa situação foi o caso do lançamento do iPad 4, da empresa Apple, que foi processada pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática por lançar a versão poucos meses depois de
ter colocado em circulação o iPad 3. Os
usuários desse produto, diante do lançamento de uma nova versão que
praticamente não apresentava diferenças técnicas, viram o seu produto
como obsoleto e procuraram
comprar a nova versão. Vale lembrar que essa não é uma ação de uma única empresa,
mas uma tendência coletiva de mercado.
OBS: Um exemplo de obsolescência programada são os computadores que rapidamente se tornam velhos e ultrapassados
Assista
o vídeo abaixo e reponda as questões a seguir:
1. Quando
você compra produtos eletrônicos, quanto tempo espera que durem?
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